O CR.174 é um membro da família is do C.710, desenvolvido pela empresa francesa Caudron em meados dos anos 30. O avião foi inicialmente proposto como uma solução de curto prazo devido à carência de aviões de combate modernos na Força Aérea Francesa. A série C.710 era por natureza composta por aviões com fuselagens leves, construídas em madeira. Esta construção permitia uma construção rápida das fuselagens e a um baixo custo, evitando interferência com a produção de outras aeronaves militares. Inicialmente o avião foi equipado com um motor em linha de 12 cilindros de 450 cavalos Renault 12R-01. Devido à forma do motor, estreito e longo, o avião tinha uma secção dianteira longa e o cockpit estava mais atrás. O protótipo inicial, designado de C.710, voou pela primeira vez em 18 de julho de 1936, mostrando resultados promissores e potencial para continuar a ser desenvolvido.

O continuado desenvolvimento do avião levou a um aumento na potência do motor e trouxe outras características, como trem retrátil. O projeto culminou por fim no CR.714 Cyclone, considerado a versão definitiva do projeto. O CR.714 trouxe várias alterações que podiam aumentar o desempenho e fiabilidade do avião. As alterações incluíram a adição de um airfoil na asa, fuselagem reforçada e armamento com metralhadoras de 7.5 mm MAC. Adicionalmente, uma nova modificação com motor Renault foi instalado com um novo carburador, que permitia ao motor operar em forças G negativas. As priemiras ordens do novo CR.714 vieram em novembro de 1938, com o começo da produção no inicio do mês seguinte. No entanto, assim que os primeiros aviões entraram em serviço, foi rapidamente verificado que o CR.714 não era adequado devido a limitações nas capacidades energéticas. Isto resultou numa rápida redução das ordens de fuselagens, que eventualmente levaria à paragem da produção e retirada do serviço. No entanto, isto não parou o esquadrão Polish Warsaw, servindo em exílio com a Força Aérea Francesa e abatendo 12 máquinas alemães no inicio do verão de 1940. Um pequeno número de CR.714 foram exportados para a Finlândia, mas o avião falhou a impressionar os finlandeses devido ao baixo desempenho e susceptibilidade perante o clima frio. No final, apesar de ser visionado como um avião para ser produzido em massa, os rápidos avanços na tecnologia de aviação simplesmente ultrapassaram o desenho dos menos de 100 CR.714 construídos em 1940.